DOENÇAS E DISTÚRBIOS DO SISTEMA NERVOSO

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

É um distúrbio grave do sistema nervoso. Podem ser causados tanto pela obstrução de uma artéria, que leva à isquemia de uma área do cérebro, como por uma ruptura arterial seguida de derrame. Os neurônios alimentados pela artéria atingida ficam sem oxigenação e morrem, estabelecendo-se uma lesão neurológica irreversível. A porcentagem de óbitos entre as pessoas atingidas por AVC é de 20 a 30% e, dos sobreviventes, muitos passam a apresentar problemas motores e de fala.

Algum dos fatores que predispõem ao AVC são a hipertensão arterial, a taxa elevada de colesterol no sangue, a obesidade, o diabete melito, o uso de pílulas anticonceppcionais e o hábito de fumar.

Ataques Epiléticos

Epilepsia não é um doença e sim um sintoma que pode ocorrer em diferentes formas clínicas. As epilepsias aparecem, na maioria dos casos, antes dos 18 anos de idade e podem ter causas diversas, tais como anomalias congênitas, doenças degenerativas do sistema nervoso, infecções, lesões decorrentes de traumatismo craniano, tumores cerebrais, etc.

Cefaléias

São dores de cabeça que podem se propagar pela face, atingindo os dentes e o pescoço. Sua origem está associada a fatores diversos como tensão emocional, distúrbios visuais e hormonais, hipertensão arterial, infecções, sinusites, etc.

A enxaqueca é um tipo de cefaléia que ataca periodicamente a pessoa e se caracteriza por uma dor latejante, que geralmente afeta metade da cabeça. As enxaquecas são freqüentemente acompanhadas de fotofobia (aversão a luz), distúrbios visuais, náuseas, vômitos, dificuldades em se concentrar, etc. As crises de enxaqueca podem ser desencadeadas por diversos fatores, tais como tensão emocional, tensão pré-menstrual, fadiga, atividade física excessiva, jejum, etc.

Doenças degenerativas do sistema nervoso

Diversos fatores podem causar morte celular e degeneração, em maior ou menor escala, do sistema nervoso. Esses fatores podem ser mutações genéticas, infecções virais, drogas psicotrópicas, intoxicação por metais, poluição, etc. As doenças nervosas degenerativas mais conhecidas são a esclerose múltipla, a doença de Parkinson, a doença de Huntington e a doença de Alzheimer.

Esclerose Múltipla

Se manifesta por volta dos 25 a 30 anos de idade, sendo mais freqüente nas mulheres. Os primeiros sintomas são alterações da sensibilidade e fraqueza muscular. Podem ocorrer perda da capacidade de andar, distúrbios emocionais, incontinência urinária, quedas de pressão, sudorese intensa, etc. Quando o nervo óptico é atingido, pode ocorrer diplopia (visão dupla).

Doença de Parkinson

Manifesta-se geralmente a partir dos 60 anos de idade e é causada por alterações nos neurônios que constituem a "substância negra" e o corpo estriado, dois importantes centros motores do cérebro. A pessoa afetada passa a apresentar movimentos lentos, rigidez corporal, tremor incontrolável, além de acentuada redução na quantidade de dopamina, substância neurotransmissora fabricada pelos neurônios do corpo estriado.

Doença de Huntington

Começa a se manifestar por volta dos 40 anos de idade. A pessoa perde progressivamente a coordenação dos movimentos voluntários, a capacidade intelectual e a memória. Causado pela morte dos neurônios do corpo estriado. Pode ser hereditária, causada por uma mutação genética.

Doença de Alzheimer

O nome da doença surgiu por causa do neurologista alemão Alois Alzheimer. Esta doença é uma demência que se manifesta por volta dos cinqüenta anos e se caracteriza por uma deterioração intelectual profunda, desorientando a pessoa, que perde progressivamente a memória, as capacidades de aprender e de falar.

Essa doença é considerada a primeira causa de demência senil. A expectativa média de vida de quem sofre desta moléstia é entre cinco e dez anos, embora atualmente muitos pacientes sobrevivam por 15 anos ou mais.

PS.: Demência senil - forma clínica de deterioração intelectual do idoso. Cerca de 10% de todas as pessoas maiores de 65 anos sofrem uma degeneração intelectual significativa.

Através do Alzheiner, ocorre alterações em diversos grupos de neurônios do córtex-cerebral, é uma doença hereditária, tendo origem por mutação gênica. É uma demência degenerativa primária ainda pouco conhecida: pré-disposição hereditária, fatores congênitos, perturbações metabólicas diversas, intoxicações, infecções por vírus, etc. Uma anomalia enzimática parece ser uma provável causa que transformaria, por fosforilação excessiva e inadequada, uma proteína normal do cérebro (TAU) em proteína anormal (A68) encontrada nos neurofilamentos encefálicos. Mas todas essas causas ainda são consideradas hipóteses.

Não existe uma prevenção possível para esta doença. Só um tratamento médico-psicológico intensivo do paciente, que visa mantê-lo o maior tempo possível em seu tempo normal de vida. Com a ajuda da família e a organização de uma assistência médico-social diversificada é possível retardar a evolução da doença.

Em 1993, a Food and Drug Administration autorizou a comercialização nos Estados Unidos, do primeiro remédio contra a doença - THA (tetrahidro-amino-acrime) ou tacrine.

Doenças infecciosas do sistema nervoso

Vírus, bactérias, protozoários e vermes podem parasitar o sistema nervoso, causando doenças de gravidade que depende do tipo de agente infeccioso, de seu estado físico e da idade da pessoa afetada.

Diversos tipos de vírus podem atingir as meninges (membranas que envolvem o sistema nervoso central), causando as meningites virais. Se o encéfalo for afetado, fala-se de encefalites. Se a medula espinal for afetada, fala-se de poliomielite. Infecções bacterianas também podem causar meningites.

O protozoário Plasmodium falciparum causa a malária cerebral, que se desenvolve em cerca de 2 a 10% dos pacientes. Destes, cerca de 25% morrem em conseqüência da infecção. O verme platelminto Taenia solium (a solitária do porco) pode, em certos casos, atingir o cérebro, causando cisticercose cerebral. A pessoa adquire a doença através da ingestão de alimentos contaminados com ovos de tênia. Os sintomas são semelhantes aos das epilepsias.


Esquizofrenia 


Esquizofrenia é uma doença mental que se caracteriza por uma desorganização ampla dos processos mentais. É um quadro complexo apresentando sinais e sintomas na área do pensamento, percepção e emoções, causando marcados prejuízos ocupacionais, na vida de relações interpessoais e familiares.

Nesse quadro a pessoa perde o sentido de realidade ficando incapaz de distinguir a experiência real da imaginária. Essa doença se manifesta em crises agudas com sintomatologia intensa, intercaladas com períodos de remissão, quando há um abrandamento de sintomas, restando alguns deles em menor intensidade.

É uma doença do cérebro com manifestações psíquicas, que começa no final da adolescência ou início da idade adulta antes dos 40 anos. O curso desta doença é sempre crônico com marcada tendência à deterioração da personalidade do indivíduo.

Como se desenvolve?

Até hoje não se conhece nenhum fator específico causador da Esquizofrenia. Há, no entanto, evidências de que seria decorrente de uma combinação de fatores biológicos, genéticos e ambientais que contribuiriam em diferentes graus para o aparecimento e desenvolvimento da doença. Sabe-se que filhos de indivíduos esquizofrênicos têm uma chance de aproximadamente 10% de desenvolver a doença, enquanto na população geral o risco de desenvolver a doença é de aproximadamente 1%.

O que se sente?

Os quadros de esquizofrenia podem variar de paciente para paciente, sendo uma combinação em diferentes graus dos sintomas abaixo: 
 

Delírios:
o indivíduo crê em idéias falsas, irracionais ou sem lógica. Em geral são temas de perseguição, grandeza ou místicos
Alucinações:
O paciente percebe estímulos que em realidade não existem, como ouvir vozes ou pensamentos, enxergar pessoas ou vultos, podendo ser bastante assustador para o paciente
Discurso e pensamento desorganizado:
O paciente esquizofrênico fala de maneira ilógica e desconexa , demonstrando uma incapacidade de organizar o pensamento em uma seqüência lógica
Expressão das emoções:
O paciente esquizofrênico tem um "afeto inadequado ou embotado", ou seja, uma dificuldade de demonstrar a emoção que está sentindo. Não consegue demonstrar se está alegre ou triste, por exemplo, tendo dificuldade de modular o afeto de acordo com o contexto, mostrando-se indiferente a diversas situações do cotidiano
Alterações de comportamento:
Os pacientes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes apresentando risco de suicídio ou agressão, além de exposição moral, como por exemplo falar sozinho em voz alta ou andar sem roupa em público.

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